É com esses números preocupantes na cabeça que três sociedades médicas lançaram, nesta terça-feira (3), uma campanha de conscientização a respeito da osteoporose, doença ainda desconhecida por muitos brasileiros.
A osteoporose se caracteriza pela perda da densidade do osso. Ela é uma doença multifatorial, ou seja, não tem causa única, mas é provocada e/ou agravada por uma combinação de motivos: idade avançada, baixa ingestão de cálcio, falta de exposição à luz solar, sedentarismo, fumo, consumo excessivo de álcool e café e a menopausa, no caso das mulheres, por conta da diminuição da produção do hormônio estrogênio.

Se a doença é multifatorial, o diagnóstico também é. A principal arma na detecção da osteoporose é a densitometria óssea, exame que analisa a densidade dos ossos. Mas os fatores de risco citados acima também devem ser levados em consideração. Por exemplo, se um exame de densidade óssea apontar que o paciente tem uma osteopenia (um estágio de descalcificação do osso pré-osteoporose), mas essa pessoa sofreu uma fratura, o médico pode considerar que ela já tem osteoporose e começar um tratamento.
O tratamento pode ser com remédios, no caso de uma osteoporose já instalada, ou não medicamentoso, quando o paciente apresenta fatores de risco, mas ainda não tem a doença desenvolvida. Para contornar o problema, geralmente são indicados a prática de atividade física (incluindo exercícios de resistência, como musculação, sempre com a supervisão de um professor), uma dieta rica em cálcio e vitamina D e banhos de sol. "Dependendo do caso é possível restaurar a massa óssea perdida”, afirma o ginecologista Bruno Muzzi, presidente da Sociedade Brasileira de Densitometria Óssea.
Para não chegar nesse ponto, é preciso fazer a prevenção desde a infância. Além da atividade física e banhos de sol (o recomendado são 15 minutos de sol, sem protetor, antes das 10h ou depois das 14h), é importante prestar atenção à alimentação. “O recomendado é ingerir de quatro a cinco porções de leite ou derivados por dia”, afirma Marcelo Pinheiro, reumatologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Uma porção equivale a um copo de leite ou iogurte ou uma fatia de queijo.
O mais importante, porém, é mudar a crença de que a doença é inevitável e irreversível. “As pessoas ainda acham que a osteoporose é um preço que se paga pelo envelhecimento, mas há muito tempo isso não é mais assim”, diz o ortopedista Sergio Eis.
A campanha Seja Firme e Forte é uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Densitometria Clínica (SBDens), em parceria com a Sociedade Brasileira de Osteoporose (Sobrao) e a Sociedade Brasileira para o Estudo do Metabolismo Ósseo e Mineral (Sobemom).
FONTE: Yahoo
Campanha - Seja Firme e Forte
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