sábado, 12 de dezembro de 2009

SEU MEDO


Estou aqui,
Na escuridão fria.
E de companhia
A solidão, vazia.

Sinto uma adaga cravada em meu peito,
Esta sangrando muito,
Minhas forças estão esgotadas.
A esperança,
Já quase não existe mais.

Você me feriu friamente,
Sem se importar com as conseqüências.
O pior é que sei o que você sente.
Sei que me feriu, pois é fraco como eu.

Estou em suas mãos
Uma palavra, um gesto
E me renderei a você.

Mas você não tem coragem,
É fraco, covarde.
Não tem coragem de fazer o que deseja,
Prefere me ferir e depois se esconder.
E dessa forma você não faz o que quer,
E nem deixa eu fazer o que quero,
O que tem que ser feito para aliviar minha dor.

Você é frio, tem medo.
Não quer correr o risco de chorar,
Como já acontecera outras vezes.

Confesso, sou fraca também,
Mas estou aprendendo a me fortalecer,
Aprendi que temos que correr riscos sempre,
Pois quem corre riscos é feliz.

Você me derrubou e me machucou.
Agora estou fraca,
Mas vou me recuperar
E voltarei à luta.
É preciso correr esse risco,
Pois dele depende meu futuro.
Por enquanto ficarei aqui,
Nesse quarto vazio e sombrio.
Chorarei minhas mágoas,
Recuperarei minhas forças,
Para amanha poder lutar,
Mais uma vez, por você.
Daiane Moraes

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