sexta-feira, 25 de junho de 2010

A origem do Teatro



O teatro surgiu na Grécia, por volta do século VI a.C. Ele tem sua origem devido as festas, procissões, recitais e rituais sagrados feitos em agradecimento ao deus Dionísio, deus do vinho e da fertilidade.
Segundo alguns historiadores, o teatro grego surgiu de um acontecimento inusitado.
Tépis, um dos participantes do ritual, desenvolveu o uso de máscaras para representar, pois em razão do grande número de participantes era impossível todos escutarem os relatos, mas podiam visualizar o sentimento da cena pelas máscaras.
Dizem que em uma dessas procissões, Tépis se vestiu com uma máscara humana ornada com cachos de uva e subiu ao Thumelê (altar), e disse: “Eu sou Dionísio!”. Todos ficaram espantados com a coragem dele por se colocar no lugar de um deus, fingir ser um deus, coisa que até então não havia acontecido, pois deus era para ser louvado, era um ser intocável. Assim, Tépis foi considerado o primeiro ator grego.

Os prédios teatrais eram construções feitas ao ar livre, formados em encostas para facilitar o escalonamento das arquibancadas.
O prédio teatral era formado, basicamente, da seguinte estrutura: Arquibancada, Orquestra, Thumelê (altar), Proscénio e Palco.
A arquibancada era feita de pedras e sua utilização pelos cidadãos gregos era democrática. Dali todos podiam assistir com a mesma qualidade de visão as tragédias, comédias e sátiras. A orquestra era o espaço central circular onde o coro, formado por dançarinos, se apresentava.
O Thumelê era uma pedra fincada no centro da orquestra, destinado para as oferendas para o deus Dionísio. O proscénio destinava – se ao corifeu, líder do coro, era o espaço entre o palco e a orquestra, e o palco era o espaço destinado à exposição dos cenários e para troca de figurinos e máscaras.
Com o passar do tempo as procissões, que eram conhecidas como “Ditirambos”, foram ficando cada vez mais elaborada, e surgiram os “diretores de coro”, os organizadores das procissões. Os participantes cantavam, dançavam e apresentavam diversas cenas das peripécias de Dionísio.
O primeiro diretor de Coro foi Tépis, que foi convidado pelo tirano Psistrato para dirigir a procissão de Atenas.
O coro era formado pelos narradores de história, que através de representações, canções e danças, relatavam as histórias do personagem. Ele era o intermediário entre o ator e a platéia, e trazia os pensamentos e sentimentos a tona, além de trazer também a conclusão da peça. Também podia haver o Corifeu, que era um representante do coro que se comunicava com a platéia do acontecimento.

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