sexta-feira, 11 de junho de 2010

QUARTO DE DESPEJO – DIARIO DE UMA FAVELADA

QUARTO DE DESPEJO – DIARIO DE UMA FAVELADA
Carolina Maria de Jesus



Carolina Maria de Jesus só freqüentou dois anos de escola. Mas foi fenômeno editorial.
Negra, pobre, mãe solteira. Nasceu em Sacramento, Minas, em 1914 e faleceu em 1977. Em 1955 morava com seus 3 filhos em um dos trezentos barracos da favela do Canindé, em São Paulo. Seu único meio de sobreviver eram as coisas que catava para vender, como alumínio e papelão. Dizem que foi em uma lata de lixo que ela encontrou quatro cadernos e ai resolveu transforma los em um diário, uma maneira que tinha para desabafar.
Em 1958 o repórter Audálio Dantas chega à favela para cobrir a inauguração de um parque infantil. Fica intrigado com a mulher que ameaça bêbados sobre os brinquedos: “Se não saírem daí, vou colocá-los em meu livro!” Apartir daí conheceu Carolina e seu diário, onde ficou impressionado. Conversou com Carolina e então entregou os originais a um editor, e em 1960 “Quarto de Despejo” foi publicado. Começava a carreira de Carolina. Parte dos escritos foram publicados na Folha da Noite. Sucesso.
Em agosto de 1960, a escritora lança Quarto de Despejo. Vendeu 10 mil exemplares em uma semana. Com o dinheiro dos direitos autorais ela trocou seu barraco no Canindé por uma casa alvenaria no bairro de Santana.
Passou a usar boas roupas e transformou – se em grande personalidade. Carolina era muito requisitada em vários programas de TV participando de entrevistas com vários jornalistas. Depois de um tempo fora esquecida, vendeu sua casa em Santana e foi morar em um pequeno sitio em Palheiros. Dizem que antes de falecer, em 1977, algumas pessoas a viu catando papel pelas ruas.
O livro ganhou traduções em 13 línguas. Uma historia real e emocionante… O cotidiano de uma favelada, que apesar das dificuldades, tinha carácter e dignidade. Tenho certeza de que você ira se surpreender com essa historia.

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